Aos 50 anos, Brasília vive um crescimento acelerado do setor imobiliário. Apesar das limitações impostas pelo plano arquitetônico da capital, que proíbe a construção de prédios com mais de seis andares e impede a modificação do desenho original da cidade, o ramo cresceu mais 80% nos últimos cinco anos. A estimativa é da Associação do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi). Para atender a procura por imóveis, o foco, segundo empresários do setor, é expandir para cidades satélites, como Samambaia e Ceilândia.
Com o déficit de oferta no Plano Piloto- zona central do DF- e o consequente aumento dos preços dos imóveis, a classe média procura apartamentos espaçosos e mais baratos, mesmo que mais distantes do centro. A expectativa para 2010 é um avanço de 20% no setor imobiliário, segundo o presidente da Ademi, Alberto Valadao.
“O mercado do Distrito Federal é muito aquecido. A estratégia agora é expandir para as cidades satélites, com prédios modernos, áreas de lazer, e mais baratos”, disse. O preço em conta, no entanto, não costuma durar muito. Quando os primeiros apartamentos de luxo foram lançados no bairro de Águas Claras, a 19 km de Brasília, o metro quadrado custava R$ 1,5 mil. Cerca de cinco anos depois, o preço passou para R$ 4 mil.
O mais novo empreendimento da capital é o Setor Noreste, que oferece projetos de apartamentos de luxo com amplo complexo de lazer. O novo bairro, lançado em junho de 2008, ainda está em construção, mas o preço dos apartamentos tem aumentado de forma acelerada. O metro quadrado já custa entre R$ 8,5 mil e R$ 14 mil.
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