de espera, a menina Kaylla Brito Santarelli, de 3 anos, será uma das poucas crianças no país que terá uma nova certidão de nascimento onde constará o nome de suas duas mães.
O casal morador de Jandira, no Interior de São Paulo, Janaína Santarelli, de 29 anos, que a gerou, e o de Iara Brito, de 25 anos, que a adotou na condição de companheira da mãe biológica, entrou na Justiça há cerca de três anos, quando a menina tinha três meses, para obter a dupla maternidade.
Segundo Janaína, entre idas e vindas do processo pedindo a divisão do pátrio poder, a sentença permitindo a troca saiu no último dia 6 de julho. "Agora estamos esperando um documento em que a juíza Débora Ribeiro autoriza a troca da certidão", explica.
Ao levar o documento ao cartório, a primeira certidão, que apresenta apenas o nome de Janaína, deve ser anulada e nova certidão deve ser confeccionada no mesmo dia, contando o nome das duas mães e o nome dos quatro avós maternos. O documento já está em poder do advogado do casal, que deve entregá-lo na próxima quinta-feira, 1.
Palestra
O casal realizou o sonho da maternidade após Janaína fazer uma fertilização com um doador desconhecido. Iara, com quem vive desde 2004, acompanhou todo o processo. A experiência de sete anos juntas vai ser relatada na tarde na tarde desta terça-feira, 30, em uma mesa redonda intitulada "Mulheres, lésbicas e relações familiares", promovido pela Secretaria de Estado da Justiça no Pateo do Collegio, na região central de São Paulo. O evento faz parte da programação do Dia da Visibilidade Lésbica, festejado na segunda-feira, 29.
|