Levantamento exclusivo feito pelo Correio mostra que o número de separações registradas nos 12 cartórios de notas do DF nos sete primeiros meses deste ano no DF foi insignificante se comparado ao do mesmo período do ano passado. Foram nove registros contra 222 em 2010. Ao mesmo tempo, houve um crescimento, em proporções semelhantes, no índice de divórcios. De janeiro a julho de 2010, 482 pessoas procuraram cartórios para se divorciar, contra 767 no mesmo período deste ano, aumento de 285 casos.
Albino Bastos Ramos, tabelião do 1° Ofício de Notas e Protesto de Títulos do DF, explica que o processo ficou bem mais simples, o que estimula a procura pelos cartórios. "Vejo, principalmente, pessoas mais jovens. Além disso, está muito comum elas procurarem desfazer uniões estáveis", conta.
Correria
Para a webdsigner Renata Fernandes, 28 anos, o processo de divórcio demorou. Ela precisou aguardar mais de um ano para ver o caso concluído. Segundo ela, a burocracia atrapalhou. "Precisei buscar meu ex-marido várias vezes no trabalho para levá-lo até o cartório. Apesar de não ter tido muitos gastos com advogado, foi muito chato ficar nessa correria", explica. Segundo ela, embora o ex-companheiro não tenha colaborado muito no início do processo, o divórcio foi consensual. "Não sei se essa facilidade toda é boa, porque qualquer briga pode culminar nisso. Acho legal se separar primeiro e depois se divorciar", opina.
Em março deste ano, a coordenadora de recepção Leni Neves de Andrade, 52 anos, moradora de Sobradinho, encerrou oficialmente a união com o marido. "O processo, em si, foi rápido, mas ainda não assinei os papéis. Se realmente funcionar, essa emenda pode facilitar muito a nossa vida. Antes, encerrar um casamento era uma burocracia só."
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