Bancos cobram taxas por avaliação do imóvel e por análise jurídica Na compra da primeira moradia, consumidor tem direito a descontos para registro em cartório e no ITBI
DE SÃO PAULO
Os mutuários devem reservar o equivalente a aproximadamente 5% do valor do imóvel para despesas extras. É o custo de realizar o sonho da casa própria sem percalços.
Antes de liberar o financiamento, os bancos cobram uma taxa para avaliar o imóvel (ativo que será a garantia em caso de inadimplência) e outra para fazer a análise jurídica de documentos.
Depois de efetivar o negócio, o mutuário ainda terá de arcar com o custo do registro no cartório e com o ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) recolhido à prefeitura.
"Quando a transação é feita com financiamento, os próprios agentes financeiros, de certa forma, acabam servindo de "consultores", pois só concedem o crédito se não houver restrições na documentação", afirma José Pereira Gonçalves, especialista em mercado imobiliário.
Na aquisição da primeira moradia, há descontos nesses dois últimos itens, o que reduz o percentual para cerca de 4% do valor do imóvel, segundo cálculos de Marcelo Prata, da Canal do Crédito, corretora especializada em crédito habitacional.
Há bancos que incorporam essas despesas no valor financiado ""às vezes, a única forma de viabilizar o pagamento de gastos "inesperados".
O número de novos mutuários no mercado imobiliário cresce em ritmo acelerado. Entre junho de 2010 e maio de 2011 (dado mais recente divulgado), os financiamentos com recursos da poupança atingiram R$ 66,8 bilhões.
O montante representa crescimento de 59% na comparação com os 12 meses anteriores, de acordo com a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). Em quantidade (465 mil unidades), a expansão foi de 32%.
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