"Quando o imóvel é usado, o comprador deve exigir do vendedor a certidão de ônus real, que revela se a casa ou apartamento não está hipotecado ou não faz parte de inventário. É uma precaução que deve ser tomada na hora da assinatura do contrato de compra", destaca José Vieira Alves, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF).

DÍVIDA QUE CABE NO BOLSO

Para facilitar a concretização do negócio, a Caixa disponibiliza assessoria jurídica, além do auxílio de técnicos bancários que poderão calcular junto com o cliente o valor que pode ser financiado.

"Tudo depende do comprador, nem o banco e nem mesmo a empresa que vende o imóvel tem condições de saber que aquela pessoa que possui uma renda de R$ 5 mil paga prestação de carro, empréstimo e tem mais da metade da renda comprometida. Essa é uma avaliação que deve ser feita pelo comprador, mesmo sabendo que é a forma mais vantajosa de fugir do aluguel", analisa o professor Luís Cláudio.

José Vieira complementa os cuidados com a compra de imóveis novos. "As pessoas não podem se esquecer que essa compra exige discernimento, pois além da parcela tem também as intermediárias, entrega das chaves, carta de habite-se, taxa contratual gastos com cartório e outros. Essas cobranças aumentam o valor a ser pago", explica.

As taxas adicionais, como são conhecidas, e citadas pelo advogado da OAB-DF muitas vezes não são calculadas na hora da compra. "Por isso, o consumidor deve avaliar com cuidado o que pode ou não pagar pelo imóvel desejado, mesmo com as facilidades do Feirão. Mas, com certeza, é a melhor oportunidade para financiar a casa própria e sair do aluguel", observa Adalberto Valadão, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi).