Apesar da determinação do Conselho Nacional de Justiça, entraves jurídicos e artimanhas retardam o andamento dos certames e das nomeações para os cargos
GUSTAVO HENRIQUE BRAGA
O prazo de seis meses determinado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em julho último, para que mais de 5,5 mil cartórios no país façam concursos públicos com o objetivo de substituir funcionários interinos segue em contagem regressiva sem grandes avanços. Em pelo menos três estados, os processos seletivos já começaram, mas estão empacados diante de barreiras jurídicas. Em Minas Gerais, o certame se arrasta há mais de três anos, sem que os aprovados sejam nomeados. A lentidão envolve ainda seleções organizadas pelos Tribunais de Goiás (TJGO) e de Mato Grosso do Sul (TJMS).
Os candidatos acusam as comissões organizadoras de retardar propositadamente as contratações para cargos considerados os mais desejados do país -o titular de um cartório chega a ter rendimentos mensais de R$5 milhões. Apesar dos altos ganhos, a legislação estabelece um teto para a remuneração dos interinos.
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