MARCELO MARENE
A americana Liz Gilbert padecia de um mal comum nos dias de hoje: a fobia do casamento. Sua primeira união desembocou em um divórcio tão devastador que ela jurou para si mesma nunca mais subir ao altar. Ocorre que o destino - além da natureza humana - quis ser do contra. Em 2003, Liz empreendeu uma viagem por três países para curar suas feridas. Na terceira etapa de sua excursão, em Bali, na Indonésia, ela topou com algo que já não tinha esperança de encontrar: um homem para chamar de seu. O brasileiro José (ou Felipe, como prefere referir-se a ele publicamente) também vinha de um divórcio. Nasceu então um romance de efeito inspirador para Liz. Tão inspirador que a converteria em uma autora de sucesso mundial. Comer, Rezar, Amar, livro em que narra sua jornada. já totaliza 8.5 milhões de exemplares vendidos - 500000 dos quais no Brasil, onde permanece há 122 semanas na lista de mais vendidos de VEJA.
Liz se rendeu ao amor. Mas daí a se unir de papel passado seria demais. "Achávamos que oficializar a situação quebraria o encanto", diz. O destino, contudo. pregou-lhes mais uma peça. Depois de Felipe ser barrado pela imigração americana em uma de suas entradas nos Estados Unidos. só lhes restou uma saída: ou se casavam. ou não poderiam mais viver juntos naquele país. Em busca de um antídoto para seu ceticismo. Liz resolveu estudar o casamento a fundo. Mergulhou em estatísticas, pesquisas e livros de história. E chegou a uma conclusão surpreendente para ela e os outros milhões de a descrentes do planeta: o casamento conserva sua força e modernidade. Mais do que em qualquer outro momento de sua hist6ria. ele é uma instituição dinâmica e vigorosa - porque hoje. no mundo civilizado, ninguém é mais obrigado a se casar nem, muito menos. a viver um casamento infeliz até os seus últimos dias. O casamento hoje é genuinamente um pacto e um compromisso entre iguais. E quando os parceiros estão de comum acordo, pode oferecer muito mais satisfação - e até mais saúde e paixão - do que a vida em voo-solo.
A redescoberta da fé no casamento dá mote ao noto livro de Liz, Comprometida (que, mal a Objetiva lançou no Brasil, já aparece em segundo lugar na lista de mais vendidos, atrás apenas de Comer, Rezar, Amar). "O casamento esta mais ativo do que nunca", diz Liz, que se uniu a Felipe no começo de 2007, em uma cerimônia com direito a daminha para carregar as alianças. Tal declaração não deve ser confundida com mero rasgo de entusiasmo de uma mulher ainda em lua de mel. A análise cuidadosa das tendências traz provas cabais de que não se assiste à derrocada dessa instituição. O Brasil, por exemplo, registrou cerca de 960000 casamentos em 2008. É a maior taxa em uma década. Bem. argumentarão os céticos, mas o fato é que mais casamentos, também, se desfizeram: no mesmo ano, houve um divórcio para cada cinco casamentos - 13% a mais do que em 2007. Em meados de julho passado. com a extinção da exigência de os casais cumprirem uma separação prévia de um a dois anos antes de sua oficialização, a associação dos cartórios do estado de São Paulo registrou um recorde para aquele mês de 713 divórcios. A vida para os comprometidos, então, vai mal?
Definitivamente, não: essa escalada nos divórcios deve ser encarada com um grão de sal. Até bem poucas décadas atrás. o casamento estava cercado de convenções rígidas. Malvista na sociedade e dificultada pela lei, a separação era um tabu. Presumia-se que, ao se unirem, homem e mulher deveriam seguir juntos por toda a vida, a despeito da eventual insatisfação mútua. A explosão do divórcio nos Esta. dos Unidos dos anos 70 (comparável à que se seguiria à sua aprovação no Brasil, no fim daquela década) abriu as comportas dessa infelicidade conjugal represada e coroou uni * processo de transmutação radical dos relacionamentos que tivera início lá atrás, no século XIX: as pessoas deixaram de se casar por conveniência ou por imposição da família e passaram a buscar-se umas às outras movidas pela atração e pela afinidade. Quando essas últimas cessam, é natural que elas questionem a união - e. em muitos casos, optem pelo rompimento.
A prova de que a alta nos divórcios não é emblema nem da falência do matrimonio nem de uma desilusão geral com ele está em um número que, esse sim, simboliza o mundo de aspirações. desejos e esperanças que cercam esse pacto: em 2008, 17% das uniões no Brasil envolveram ao menos um cônjuge que já vinha de um divórcio. Ou seja, quase um em cada cinco casamentos era formado por um homem ou uma mulher que havia atravessado a dor, a frustração e o tumulto financeiro de um rompimento. E que, não obstante os traumas passados, decidiu dar uma nova chance ao casamento. Esses noivos e noivas de olhos assim tão abertos formam um contingente de ímpeto: o número dos chamados "recasamentos" cresceu impressionantes 66% em dez anos.
Outro indício de que o casamento vai bem. obrigado se detecta nos Estados Unidos. No manual de autoajuda Felizes para Sempre, que está sendo publicado no país pela Universo dos Livros, a jornalista Tara Parker-Pope apresenta argumentos que atenuam o peso de uma estatística alarmante aquela que mostra que metade das uniões americanas termina em divórcio. Tara, que mantém uma coluna sobre saúde e bem-estar no jornal The New York Times, afirma que esse índice estratosférico abrange o rescaldo de uniões infelizes das gerações mais velhas. "Há uma bela razão para o otimismo: quem --- está se casando hoje tem mais chance de ser bem-sucedido. As pessoas estão escolhendo melhor seus parceiros e se esforçando para que o casamento funcione", disse ela a VEJA.
De fato, é preciso esforço redobrado para manter vivo um casamento moderno, seja ele hétero ou homossexual. Nos novos arranjos, as velhas causas de rusgas entre os cônjuges se exacerbam. E novos problemas se interpõem. Agora, os dois têm de se desdobrar entre o trabalho, a criação dos filhos e as tarefas domésticas. Precisam ainda suprir suas expectativas a respeito da relação - e corresponder às do outro. No fim de tudo. têm de encontrar um tempinho para o sexo. O cruzamento das estatísticas com as mais recentes pesquisas comportamentais indica que as principais dessas armadilhas coincidem muitas vezes com o que diz o senso comum.
Casar-se muito jovem é o maior desses riscos. De acordo com um estudo da Universidade da Pensilvânia. metade dos casais americanos que se unem antes dos 25 anos acaba se divorciando. "O casamento não é um esporte para crianças", afirma, com base na própria experiência, Liz Gilbert. Indivíduos que ainda não conquistaram autonomia nem têm uma noção clara de seus rumos terão mais dificuldade. é evidente, em discernir o que buscam em um parceiro. Há um indicador, porém. de que a qualidade dos casamentos no Brasil está evoluindo: hoje, as mulheres contraem uma união aos 26 anos, em média, e os homens aos 29.
Os filhos são a razão ancestral que levou os seres humanos a formar pares - mas também podem ser elemento de discórdia. Em pesquisa recente do Datafolha, revelou-se que um sexto dos casais culpa a prole pela piora de sua vida sexual. A fase dos bebes é crítica - e programar a chegada deles, portanto, é a vacina do bom-senso contra essa ameaça. A vida conjugal pode ser protegida. ainda, por atitudes simples como a franqueza entre os parceiros sobre as respectivas finanças pessoais e o equilíbrio na divisão de tarefas do lar (quando o homem ajuda, até a vida na alcova melhora - pois a mulher tem mais disposição para se sentir sexy). Nada blinda com mais eficácia um casamento, no entanto, do que ser criterioso quanto a seu pilar básico: a escolha do cônjuge. Nesse campo, o clichê que nunca sai de voga é creditar à"compatibilidade "de gênios uma união feliz - e vice-versa. A verdade é que há fatores imponderáveis na combinação de duas pessoas.
Nos últimos anos, a ciência lançou luz sobre um desses mecanismos. A antropóloga Helen Fisher, da Universidade Rutgers, mapeou quatro estilos de personalidade, com base nos hormônios que se destacam na química cerebral de cada indivíduo. Os que tem predominância da dopamina seriam os "exploradores", figuras extrovertidas e irrequietas, enquanto os "construtores", regidos pela serotonina, seriam pessoas mais convencionais e ligadas aos valores da família. Há ainda os "diretores", que tem a testosterona como referência hormonal e tenderiam a ser tipos ambiciosos e contidos nas suas emoções. Os "negociadores", por fim, têm predomínio cerebral do estrógeno e seriam pessoas mais intuitivas. Diferentes combinações de personalidades trazem problemas específicos, argumenta Helen no livro Por que Ele? Por que Ela?. Mas qualquer combinação, segundo a autora, pode tanto produzir um casamento longevo como levar ao divórcio. "Ao conhecer essas nuances, porém, o casal pode se antecipar aos desafios", disse ela à VEJA.
Leitores que estão prestes a dizer "sim" não devem se exasperar com a sensação de fragilidade ante tantas armadilhas. Afinal, eles não estão sozinhos no desbravamento daquilo que Liz Gilbert chama de uma "experiencia nova e fascinante" na história. Para as mulheres, em especial, a vida de casada transformou-se de maneira dramática em questão de poucas décadas. Depois de séculos de uniões arranjadas e de entrega total e compulsória ao marido e aos filhos, as mulheres hoje têm um controle inédito sobre a vida conjugal - o qual pode deixá-las confusas e inseguras. "Minha avó não tinha de lidar com a incerteza. Não carregava o peso de acordar no meio da noite e se questionar: será que estou tomando as decisões corretas sobre a relação com meu marido ou a criação das crianças?", pondera Liz.
Para a mulher atual, a contrapartida da independência é a autocrítica: nada mais torturante do que saber que parte da felicidade no casamento depende das suas decisões. Infelizmente, muitas vezes não é fácil enxergar as próprias vacilações. E as feministas extremadas terão sempre um bode expiatório para oferecer: o homem. O discurso de que a mulher é infeliz nas relações porque o marido a sufoca ou a anula leva muitas a abraçar a tese radical de que elas não necessitam mais deles, nem do casamento. Trata-se de uma falácia. A convivência entre homens e mulheres é boa para ambos. Estatísticas canadenses indicam que os homens casados vivem em média sete anos mais que os que nunca se casaram - e as mulheres, três anos mais. Estudos sugerem ainda que um bom casamento diminui os riscos de câncer, artrite, ataques cardíacos e até de demência. Casais que compartilham finanças são mais estáveis e acumulam mais patrimônio. E filhos que tem a oportunidade de viver o dia a dia junto do pai e da mãe, claro, são um argumento e tanto em favor de que se busque uma união plena e feliz. Mas há outros benefícios, mais intangíveis: as mulheres. em geral, exercem uma influência civilizadora. digamos, sobre os homens. E os homens ajudam as mulheres - sobre quem recai tanto da responsabilidade pela harmonia familiar - a alargar seus horizontes para além dessa necessidade premente.
Há, portanto, um sentido maior para o casamento? Do ponto de vista da biologia evolutiva, não há dúvida de que sim. Mas não se deve procurar esse sentido na velha ideia dos pombinhos fiéis por todo o sempre. No livro O Mito da Monogamia, o biólogo americano David Barash e sua mulher, Judith Eve Lipton, desmontam essa possibilidade. A monogamia é um arranjo quase inexistente na natureza. demonstram - e entre os seres humanos isso não é exceção. O próprio Barash. contudo. é um defensor entusiasmado do casamento monogâmico. Sua adoção, diz ele, representou uma vantagem evolutiva decisiva para a espécie: permitiu, por exemplo, proteger a prole e acelerar o progresso material. Não que o próprio cientista creia serem esses seus maiores benefícios: "Só a cumplicidade a dois pode trazer amor e sensação de completude"", diz ele, romântico. Não há melhor antídoto para as agruras da vida moderna. enfim. do que o bom e velho casamento - mas que seja bom, acima de tudo.
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Para dizer "SIM" com convicção
A americana Eliarbeth Gilbert, autora do sucesso Comer, Rezar, Amar, falou a VEJA sobre como contornar as armadilhas do casamento:
Qual conselho a senhora daria a alguém que está prestes a dizer "sim"?
Que tome essa decisão com conhecimento de causa. Quando estava conduzindo as pesquisas para meu livro, eu me choquei ao notar que muitas mulheres 50 descobriam quem era de fato seu parteiro bem depois do casamento - o que pode prenunciar um desastre conjugal. Proponho uma rega básica a eles e elas pesquisem tudo sobre o futuro parceiro e não tenham medo de submetê-lo a sabatinas antes de subir ao altar. Procurem saber como é sua relação com os pais e como foi o ambiente de sua criação e em que medida espera que o cônjuge espelhe a imagem que guarda disso. Boa parte das pessoas- em especial, os jovens - não se faz essas perguntas básicas. É um horror constatar que muitas mulheres de 20 e poucos anos se casam apenas pelo desejo de viver uma bela cerimônia. Só têm cabeça para o vestido, o banquete, a daminha que vai entrar na igreja com as alianças. Querem só ter um dia de princesa, enfim.
A senhora aponta que uma das causas das crises conjugais é o fato de as mulheres terem expectativas desproporcionais em relação a seus parceiros. O que está acontecendo?
Nos anos 20, quando se perguntava às jovens o que esperavam de um marido, elas listavam traços nobres de caráter: honestidade, confiabilidade, lealdade, decência, gentileza Com o passar do tempo essas expectativas foram se tomando demasiado realizadas. Nos anos 50, uma garota da mesma faixa já diria: quero casar com alguém que eu ame. Desde então, a escolha passou a ser pautada pela expectativa de uma experiência romântica intensa. Hoje, as mulheres querem nada menos do que um homem que as"inspire". Ou seja; exigem que seu pobre marido viva no auge do magnetismo e possa fazê- as sentir-se o máximo o tempo todo. Mas não creio que uma pessoa possa prover essa sensação a outra sinais do que uma ou ditas vezes ao mês.
A senhora diz que as mulheres nunca tiveram tanta liberdade e controle sobre o que querem de um casamento mas ao mesmo tempo estão inseguras e confusas. Como é possível?
Se olharmos para o que ocorreu com as mulheres nas últimas décadas, isso fará sentido. Creio que ainda e muito cedo para sabermos lidar com essa experiência nova e fascinante que nossas antepassadas não tiveram a chance de viver. Não dispomos de séculos e séculos de modelos, mulheres que nos mostrem como viver um casamento feliz quando se tem autonomia sexual e emocional, educação e o próprio dinheiro. Toda mulher nascida nos últimos 75 anos pode se considerar uma cobaia nesse experimento medito. Estamos aprendendo como se faz.
No tempo dos casamentos arranjados não era pior?
Não da para sentir nostalgia de um tempo em que a mulher não tinha controle sobre seu destino Minha avó, que está com 97 anos e testemunha disso. Ela não teve um dia de paz na vida, pois se casou com um homem difícil e se desdobrou para criar sete filhos em um ambiente rural pobre. Comparada à via-crúcis dela, minha existência é uma barbada.
Por que a senhora gosta de comparar o casamento a um pacto econômico?
Como em uma fusão entre empresas, os parceiros juntam suas fortunas - e suas dívidas. Antes de trocar alianças, é preciso que ambos tenham consciência das condições do outro e acertem como essa sociedade funcionará. Se for o caso, inclusive, sem medo de encarar um acordo pré-nupcial. Nos Estados Unidos, diz-se que uma pessoa casada está a um divórcio de distância da bancarrota. Eu mesma e meu marido passamos por um tipo de situação que costuma deixar vítimas. Quando nos casamos,tínhamos um nível de renda bem parecido. De repente, com a explosão das vendas de Comer, Rezar, Amar, o dinheiro passou a ser abundante na nossa relação. Isso poderia causar melindres se eu deixasse de ser aquela mesma esposa com hábitos de consumo frugais. Ou se Felipe, como ocorre com muitos homens, se sentisse ameaçado pelo fato de a esposa ganhar mais do que ele. Mas ele é um sujeito tranquilão, que se contenta com o mínimo. Se o dinheiro que ganhei se evaporasse, nossa relação continuaria numa boa.
Como é possível conciliar diferentes comportamentos e pontos de vista em em casamento?
Temos dentro de nós algo que os psicólogos chamam de necessidades essenciais. São as demandas e expectativas inegociáveis - e que, quando abortadas em uma relação, só trazem frustração. Ninguém pode ter todas as necessidades preenchidas por outra pessoa. Mas há duas ou três coisas de que não dá para abrir mão, e o parceiro ideal é aquele que as respeita e preenche. Eu tenho necessidade de ser afetuosa, e espero ser correspondida nisso. No passado, vivi uma paixão desesperadora por um homem que era um tipo mais frio e não se sensibilizava com meu jeito ultra-amoroso. Eu me sentia patética. Estava sufocando-o, e vice-versa. Meu companheiro atual corresponde plenamente a essa demanda, e isso responde por 90% da nossa felicidade. Ele é dezessete anos mais velho do que eu, não é rico e vem do Brasil, uma cultura muito distinta. Mas nada disso é problema, pois estou suprida do essencial. Sei que, se abraçá-lo no meio da noite, ele me envolverá com seus braços mais forte ainda.
Estar juntos o tempo todo far bem ou mal à relação?
Cada casal tem de encontrar seu equilíbrio - e isso às vezes exige idas e vindas. Após 45 anos de união, meu pai passa a maior parte do tempo na fazenda, enquanto minha mãe prefere viver na cidade. Eles estão em fuga um do outro? Não. Nunca tiveram a mínima intenção de se divorciar. Se há uma verdade sobre o casamento, é que não se trata de um arranjo simples. Um ser humano sozinho já é bem complicado. Imagine dois juntos.
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COMEÇAR DE NOVO
A advogada Patrícia Diniz, 46. e o administrador Carlos Vieira, 52, engrossam o contingente de brasileiros que dão uma segunda chance ao casamento. Ambos viveram separações traumáticas - ela, de um marido que queria uma esposa dedicada ao lar. e ele, de uma mulher de "gênio difícil". O romance entre os dois começou em 2008, com flertes nas happy hours da empresa onde trabalhavam. Em três meses, já estavam juntos. Planejam oficializar a união em maio de 2011. Para Patricia, a chave da felicidade é que os dois gostam de uma boa conversa."Com o tempo, a paixão abranda, e é " preciso dividir interesses."
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AMOR DEPOIS DA COLERA
Juntos há oito anos, a corretora de imóveis Newma Cerqueira, 36, e o empresário Luis Paulo Lopes, 52, brigavam constantemente por causa da indefinição profissional dela."Não tolerava a ideia de que ela vivesse à minha sombra", diz Lopes. No início do ano, após uma discussão áspera, ela saiu de casa. O sofrimento só aumentou, e o casal resolveu fazer terapia. Ajudou."Entendemos que tínhamos desaprendido a conversar, mas havia amor", diz Newma. Agora, eles planejam um filho e uma festa de casamento. Conclui Lopes:"A ruptura nos fez ver quanto nossa união era valiosa. Foi vital para recomeçar".
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