O Distrito Federal concentra a maior média de rendimento mensal do país. Segundo os últimos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ganho médio do trabalhador é de R$ 2.117. Para se ter uma ideia do abismo que separa a capital federal das demais cidades brasileiras, a média salarial do restante do país não ultrapassa os R$ 1.036. Ainda assim, o deficit habitacional no DF chama a atenção. De um lado estão as casas equipadas com piscinas e lanchas. De outro, pessoas que se espremem em residências improvisadas ou casas que não oferecem as condições mínimas para abrigar uma família.
Um estudo feito pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon) aponta que seria preciso construir mais 51.278 moradias para acabar com o deficit no Distrito Federal. Atualmente, 6,4% das famílias vivem em condições precárias ou dividem o domicílio por razões econômicas. Os números de Brasília refletem uma estatística menos preocupante do que a média nacional, que aponta carência de 9,4%, o que representa uma demanda por mais 5,6 milhões de residências. Mesmo abaixo da média nacional, o DF ainda tem uma defasagem superior a oito estados brasileiros: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso e Amapá.
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