O Feirão da Casa Própria começa hoje e vai até domingo, no Expominas, em Belo Horizonte. Durante todo o fim de semana, a Caixa Econômica Federal, em parceria com imobiliárias e construtoras, vai disponibilizar 17,8 mil imóveis voltados para a classe média.
A novidade é a redução no limite de renda mensal exigido para comprar um imóvel, que caiu de R$ 1.200 para R$ 700. ?Vamos ofertar imóveis para todos os tipos de sonhos, serão cerca de 18 mil unidades à venda, de R$ 30 mil até R$ 800 mil?, anuncia o superintendente regional da Caixa Econômica em Minas Gerais, Dimas Lamounier.
O objetivo do evento não é vender imóveis com descontos, mas sim eliminar a burocracia na compra da casa própria. Durante os três dias, o consumidor terá a oportunidade de tirar dúvidas sobre o tipo de financiamento ideal, consultar o saldo do FGTS, consultar as imobiliárias e construtoras e ainda pesquisar os documentos necessários para a compra do imóvel.
Para adiantar as negociações, os interessados podem levar os três últimos contracheques e as três últimas contas de água, luz ou telefone, para comprovar o endereço, além de CPF e identidade. Lamounier lembra que os autônomos também podem ter acesso aos financiamentos.
?Eles podem comprovar a capacidade de pagamento através de extratos bancários, carnês ou boletos de cartão de crédito?, explica.
Os imóveis colocados à venda no Feirão não têm condições especiais de juros ou prazos, que são as mesmas oferecidas normalmente.
O diferencial é que todas as dúvidas típicas de um futuro proprietário poderão ser esclarecidas em um único lugar. Até representantes dos cartórios estarão de plantão no local para orientar sobre os documentos e certidões necessárias para a compra da casa própria.
No ano passado, 582 transações foram efetivadas durante o evento, incluindo a venda de imóveis retomados pela Caixa Econômica Federal, aqueles que vão para leilões.
Uberlândia O Feirão da Casa Própria também será realizado em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, no Center Convention.
O evento contará com a participação de 13 construtoras e 13 imobiliárias, que colocarão à disposição do público 3.559 imóveis, sendo 2.126 lançamentos. Os preços variam de R$ 17 mil a R$ 600 mil.
Diante do potencial econômico da região, a Caixa espera repetir o sucesso do evento do ano passado. Somente este ano já foram financiados 5.343 imóveis no Triângulo, superando a cifra de R$ 125 milhões em financiamentos.
O Feirão tem se firmado como um importante instrumento de popularização dos financiamentos habitacionais para ajudar a Caixa a aplicar os R$ 17,4 bilhões previstos este ano para os empréstimos voltados para a compra da casa própria.
Unidades podem ter pendências judiciais
Dos 17,8 mil imóveis que serão disponibilizados no Feirão da Casa Própria, 6% são unidades tomadas judicialmente pela Caixa Econômica por falta de pagamento, ou seja, aquelas que vão à leilão.
Segundo cálculos da da Associação Brasileira de Moradores e Mutuários (ABMM), esses imóveis costumam ser entre 20% e 30% mais baratos do que os preços de mercado.
Mas o atrativo pode virar uma dor de cabeça, se o imóvel ainda tiver ocupado. Segundo o diretor da ABMM, Paulo Roberto Zancaneli, a maioria dos imóveis que vão a leilão estão ocupados por mutuários com ações na Justiça. ?Eles não podem ser retirados do local, exceto por nova ação?, explica.
Para evitar que o sonho da casa própria se transforme em pesadelo, afirma Zancaneli, é preciso tomar uma série de precauções como visitar o local antes de fechar a venda e checar a matrícula do imóvel (uma espécie de carteira de identidade) no Registro de Imóveis do cartório imobiliário competente, para descobrir se há pendências judiciais e dívidas a serem pagas.
Custo de construção sobe 0,9% em maio
SÃO PAULO ? O Índice Nacional da Construção Civil (INSS), calculado pelo IBGE em convênio com a Caixa Econômica Federal, teve variação de 0,9% em maio e avançou 0,49 ponto percentual em relação a abril (0,41%).
O resultado foi pressionado pelos reajustes salariais ocorridos em vários Estados. No acumulado no ano, o índice ficou em 2,62% e, nos últimos 12 meses, em 5,17%. Em comparação com maio de 2006 (1,20%), o índice atual ficou abaixo 0,30 ponto percentual.
O custo nacional por metro quadrado passou de R$ 580,75 em abril para R$ 585,96 em maio, sendo R$ 335,94 relativos aos materiais e R$ 250,02 à mão-de-obra. O metro quadrado mais caro é o de Roraima (R$ 690,48) e, o mais barato, o do Piauí (R$ 506,14).
O Rio de Janeiro tem o segundo custo mais alto (R$ 659,08) e, São Paulo, o terceiro (R$ 651,27). Minas Gerais é apenas o 14º mais caro do país, custando R$ 556,02.
Neste mês, o custo com material voltou a surpreender, registrando incremento de 0,73% em Belo Horizonte, enquanto os custos com mão-de-obra, equipamentos e despesas administrativas registraram estabilidade.
De acordo com o coordenador sindical do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), economista Daniel Furletti, a exemplo do que aconteceu nos meses anteriores, o aumento do custo ocorreu em função da elevação nos preços de alguns produtos.
A mão-de-obra avançou de 0,46% em abril para 1,94% em maio na média nacional. Os índices acumulados foram, no ano, de 1,68% (materiais) e 3,91% (mãode- obra) e, nos últimos 12 meses, de 4,40% (materiais) e 6,24% (mão-de-obra).
Pressionado pelo Espírito Santo (2,75%) e por São Paulo (1,68%), o Sudeste teve o maior índice regional (1,19%) em maio. Ainda acima da média nacional (0,90%), ficou o Sul, com variação de 0,94% em maio.
Fonte: O Tempo - MG
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