Cidadãos, comerciantes e empresários catarinenses devem voltar novamente atenção para o “Golpe do Protesto”, que foi aplicado em diversas regiões do Estado no início deste ano. Cartórios de Itajaí, por exemplo, já registraram mais de 10 casos, desde o segundo semestre de 2012 até agora.
Em todo o Estado, a Associação dos Notários e Registradores de Santa Catarina (Anoreg/SC) tomou conhecimento de cerca de 50 casos, nos últimos meses, sem contar possíveis Registros que possam ter sido efetuados diretamente na polícia.
Geralmente o golpista entra em contato por telefone, identifica-se como funcionário de uma assessoria de cobrança de crédito e informa que a pessoa ou empresa será protestada por ter deixado de pagar uma dívida, o que implica na possibilidade de execução judicial do débito e penhora dos bens ou, ainda, no requerimento da falência da empresa. “Além do telefonema, alguns deles montam uma intimação e encaminham por e-mail com os dados do título”, explica o presidente da Anoreg/SC, Otávio Margarida.
Os estelionatários retiram dados verdadeiros de editais de protestos publicados nos jornais, e os utilizam para enganar as vítimas. Ao aplicar o golpe, o criminoso informa à pessoa o Cartório para onde o título foi enviado, com o nome do Tabelião, endereço e telefone fictícios.
Ao ligar para o número de telefone informado, a vítima negocia com outro membro da quadrilha, que solicita um depósito em uma conta corrente, naquele mesmo dia, para impedir que o documento seja protestado. “O cidadão acaba constatando que foi vítima do golpe quando verifica que efetivamente o título apresentado no Cartório de protesto verdadeiro foi protestado, fato que prejudica sobremaneira a vítima”, esclarece o presidente da Anoreg/SC. “É importante que as pessoas saibam que os tabeliães deprotesto só podem intimar para pagamento no próprio tabelionato. Eles não realizam a intimação dos títulos protocolados para protesto e não fazem contato com os devedores por telefone ou e-mail”, alerta Margarida.
O Presidente da Anoreg/SC também ressalta que circulam e-mails com a mesma finalidade tanto em nome de “pseudos” tabeliães de protesto, como do Serviço Central de Protesto de Títulos (SCPT), e até em nome da Corregedoria-Geral da Justiça.
Fonte: Site Bem Paraná
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